50 profissionais de saúde encerram estágio na UNICAMP num reforço de Cooperação na formação de saúde Brasil e Angola

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A Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (FCM/UNICAMP) realizou, nesta sexta-feira, 25 de Julho de 2025, a cerimônia oficial de encerramento do estágio de imersão de 50 profissionais angolanos do 3.º ano do Programa Geral de Saúde da Família. A acção integra o Projecto de Formação de Recursos Humanos para a Cobertura Universal de Saúde (PFRHS), coordenado pelo Ministério da Saúde de Angola e financiado pelo Banco Mundial.


REDAÇÃO-FD

A delegação angolana foi liderada pelo Prof. Dr. Job Monteiro, neurologista e gestor técnico do PFRHS, acompanhado pelo Dr. Djamel Kitumba, neurocirurgião e especialista em formação. A presença da equipa reforça a importância da cooperação estratégica entre Angola e o Brasil na formação de quadros para o fortalecimento dos sistemas nacionais de saúde.


Durante três meses, os profissionais estiveram integrados em Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município de Campinas, onde participaram activamente nas práticas do modelo brasileiro de Atenção Primária à Saúde, com ênfase na Estratégia Saúde da Família.

Mandatário pela Ministra da Saúde de Angola, Dra. Sílvia Lutucuta, Job Monteiro agradeceu à UNICAMP e à Prefeitura de Campinas pelo acolhimento caloroso e pela excelência do processo formativo e destacou que a Ministra esteve recentemente nas instalações da universidade e manifestou satisfação com o compromisso da instituição com a capacitação técnica de profissionais de saúde. Segundo ele, “a realidade dos formandos não será mais a mesma após esta experiência”.

Dr. Monteiro partilhou ainda a visão estratégica do Presidente da República de Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço, que tem priorizado o investimento na expansão e modernização da rede nacional de saúde, com a construção e reabilitação de hospitais primários, secundários e terciários equipados com equipamentos capazes de responder as principais necessidades dos utentes. “Mas para que esta infra-estrutura funcione de forma plena, é imperativo investir na capacitação de profissionais, especialmente nos níveis primários de atenção, onde ocorre o primeiro contacto com o cidadão”, reforçou.


A formação teve como foco a medicina geral e familiar, uma especialidade fundamental para a promoção da saúde, prevenção de doenças, diagnóstico precoce e reabilitação. Esta abordagem alinha-se com os objectivos do PFRHS, que prevê a formação de 38.000 profissionais de saúde até 2028. Até julho de 2025, mais de 9.900 profissionais já foram capacitados, dos quais 57% são mulheres e 43% homens, demonstrando o compromisso do Governo com a equidade de género.


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