HUAMBO: Plano de Emergência pode enriquecer de forma ilícita Pereira Alfredo e a sua equipa de confiança

Pereira Alfredo, o Governador que era tido como a esperança do povo do Huambo começa apresentar a outra face da moeda sobretudo depois da sua eleição ao cargo de primeiro Secretário do MPLA, o que faz com que o homem ignore conselhos e tornar-se preguiçoso.
POR AFONSO EDUARDO
“Desde aquela altura PA está praticamente irreconhecível, já não visita, não ouve (e quem não ouve não resolve), não se importa e mais grave do que tudo isso, parece existir um sentimento de impunidade de que nada poderemos fazer para trava-lo e que Huambo está a seus pés para fazer dele o que bem entender”, disse Freitas.
O programa de emergência do Governo Provincial do Huambo, vem beneficiar apenas as obras e ignora o sector social onde centenas de pessoas passam dias nas ruas pedindo esmola e sem programas concretos para reduzir a fome à população.
GOVERNADOR MONTA O MONOPÓLIO PARA MELHOR SE SERVIR
Jeiel de Freitas, activista social residente na província do Huambo, avança que a nomeação de novo secretário, o novo Vice-governador para infraestruturas, a nova Directora do GEP e o chefe de gabinete todos vindos da vizinha província do Bié, fazem o puzzle perfeito para que querendo eles, ninguém os impedirá.
Com a simpatia que granjeia da parte do Presidente João Lourenço, Pereira Alfredo conseguiu que fosse aprovado para o Huambo um PLANO DE EMERGÊNCIA que tendo em conta a situação trágica em que herdou a província, justificava-se, porém o erro prendeu-se no que afinal contemplava esse dito plano de emergência.
“Para começar, não se avançou no acto de apresentação o que de facto faria parte do plano. E como a fome, pobreza extrema, desemprego, criminalidade, habitação, vias de acesso, água e luz e o atraso nos pagamentos das Ordens de Saque que tem inviabilizado o pleno funcionamento das instituições públicas, com realce aos Hospitais, figuravam entre os problemas mais candentes da província, esperávamos todos que este plano passasse fundamentalmente por isto. Mas fomos mais uma vez enganados por quem nos devia governar”, disse Jeiel de Freitas.
COMO FUNCIONA O ESQUEMA?
Jeiel de Freitas diz que “hoje assiste-se no Huambo um teatro emergencial, com serviços não emergenciais que passam fundamentalmente por:”-Reabilitar jardins (trocar relva, por relva); Pintar fachadas dos prédios/Escombros; Trocar luzes amarelas pelas brancas; Reabilitar fontes de água nos jardins; Trocar pedras nas calçadas; “Mexer” na torre do largo Dr. AA Neto; Substituir tubagens dos esgotos; Reabilitar muros entre outras medidas paliativas.
O activista sugere que se efectuem os pagamentos das OS’s para o contínuo abastecimento dos Hospitais numa altura do Pico de malária, pagar a dívida do empresariado local para eles pagarem os salários dos funcionários e garantir sustento as famílias, entre outras ações mais acertadas.