Bloco Democrático e PDP-ANA força comum entre partidos na oposição e sociedade civil para derrubar o MPLA em 2027

Os partidos políticos Bloco Democrático e o PDP ANA, realizaram hoje, em Luanda, uma conferência de imprensa onde apresentaram uma declaração conjunta sobre a situação política e social de Angola e apelam, de forma veemente, as forças democráticas, partidos e movimentos cívicos e cidadãos no geral para a necessidade de unirem esforços por Angola, numa frente comum pela mudança, que deve ocorrer em 2027.
REDAÇÃO-FD
“É entendimento de ambas as forças que já não pode haver hesitações, pois o regime no poder tem demonstrado não só incapacidade de realizar a transição democrática mas igualmente a falta de vontade para responder às necessidades do nosso povo, perpectuando a corrupção, a injustiça e o desrespeito pelos direitos fundamentais”, descreve o comunicado conjunto.
As duas forças políticas entendem que só com a conjugação de esforços será superado o Estado autocrático securitário, “pois nenhuma força isolada ou forças dispersas, nas circunstâncias actuais, está em condições de fazer face ao regime, alicerçado em poderosos mecanismos para a manutenção do poder”.
A nota adianta , também, que o futuro democrático e próspero de Angola carece da vitalidade da acção conjugada e coordenada da oposição pela mudança e da sociedade civil.
“A deterioração é devido ao agravamento de políticas antissociais, da disseminação de conteúdos antidemocráticos, ao aprofundamento da legislação de cunho partidário e numa prática fascista e de ódio. Tal linha de actuação, visa, igualmente, impedir a justa competição entre forças politicas concretizada com recurso aos órgãos de comunicação públicos, que são de igual modo promotores de alienação social e da ardilosa manipulação para dividir e enfraquecer as forças políticas na oposição”.
Ambas as forças constatam que os órgãos de organização e deliberação dos resultados do processo eleitoral, nomeadamente, a CNE e o TC, estão de facto capturadas pelo partido da situação, impedindo que a alternância democrática se ecfective, com tranquilidade civilizacional, dentro dos padrões eleitorais e negar, por consequência, o direito soberano do povo decidir nas urnas.