Breve resposta o meu amado Kota Marcolino Moco

OPINIÃO
Tito Cambanje, Advogado , Docente Universitário e Político
- Na sequência do texto publicado pelo meu amado Kota Doutor Marcolino Moco, em que o meu nome é citado, vejo – me na obrigação de dar uma breve resposta, pelos seguintes factores fundamentais:
- Em primeiro lugar, o Professor Doutor Marcolino Moco é alguém de quem tenho enorme respeito, carinho e admiração ! Então um conselho de quem nutrimos esse tipo de sentimento devemos sempre prestar a devida atenção e importância.
- Em segundo lugar, devo esclarecer que aquilo que é a minha forma de ser e de estar na vida política é de que só estamos na vida política partidária activa se for fundamentalmente para servir Angola e ter as pessoas no centro da acção política.
- Em terceiro lugar, tenho firme convicção de que estar na vida política significa estar consciente de que há princípios e valores que quem está voluntariamente numa organização política deve respeitar. Valores como a lealdade e respeito para com a direção do MPLA, lealdade para com o líder do glorioso, o Cda Presidente João Lourenço devem ser sempre seguidos escrupulosamente.
- Em quarto lugar, A lealdade à direção do MPLA, ao líder, a disciplina, o respeito às hierarquias estabelecidas e às instituições, que eu defendo hoje, é fruto dos ensinamentos que o próprio Dr. Marcolino Moco brilhantemente ensinou enquanto Secretário-Geral do MPLA e Primeiro- Ministro. Isso não significa de nenhuma forma que devemos sempre pensar todos da mesma. Muito pelo contrário, quem me conhece sabe bem que sou avesso à unanimidade. Fui forjado no contraditório…
- Em quinto lugar, penso que esse contraditório, quando tem como finalidade o crescimento e o desenvolvimento sustentável de Angola é muitíssimo bem – vindo e deve ser feito internamente.Pois, aprendi desde muito cedo que fora das Paredes partidárias cada militante do glorioso MPLA deve ser um fiel representante do MPLA aonde quer que esteja, defendendo a sua história, os seus valores , os seus princípios, os seus ideais e os seus Estatutos. É mister não descurar o que MPLA procura de forma incessante o bem estar comum de todos angolanos sem excepção, a justiça social e a justa redistribuição das riquezas .
- Em sétimo lugar , é necessário reafirmar sem medo de errar que não se trata de uma defesa cega, mas sim, de uma militância consciente, responsável, humilde, respeitadora e principalmente leal!
- Em oitavo lugar, todo esse imbróglio remete – me ao pensamento do enorme ensaísta americano e libanês Khalil Gibran “ Que o tempo de partida … Também seja tempo de união “… Que tenhamos todos a capacidade de perdoar – nos todos e gerar mais unidade, coesão, estabilidade no nosso seio para em bloco cerrarmos fileiras em torno do líder e da bandeira.
- Em nono lugar, É mister recordar que a existência de alternância não é pressuposto único da existência de um sistema democrático. Como eternos estudantes desses temas estamos bem recordados que o PLD do Japão ( Partido Liberal Democrático) lidera aquele país a mais de 50 anos . A questão central não está no tempo de exercício de poder, mas sim , na capacidade premente de resolver com pragmatismo os problemas essenciais das famílias e das empresas.
- Em décimo lugar , quando o meu amado Kota sugere a alternância, não podemos descurar que a política pode ser entendida como um facto ou acção humana que que tem como finalidade o alcance , exercício e manutenção do poder . Quem está na oposição quer alcançar o poder . Quem está no poder quer manter – se . São legitimas as pretensões das duas partes. Sendo assim, é manifestamente normal que nós, o militantes patriotas, disciplinados, coerentes e responsáveis queremos que o glorioso MPLA se mantenha no poder !