ARTIGO DE OPINIÃO: Angola tem rumo o futuro da saúde está em boas mãos

OPINIÃO
NEUSA CUMBE/ Investigadora e membro da equipa de formação de recursos humanos em saúde da UIP
Vivemos tempos de transformação silenciosa, mas profunda, no sector da saúde em Angola. Enquanto muitos se deixam distrair pelos ruídos negativos e falaciosos das redes sociais e pela visão pessimista que insiste em mostrar um lado sombrio do país, há uma realidade vibrante e contagiante que precisa ser contada e celebrada: Angola está a formar, com rigor e visão, uma nova geração de quadros de saúde altamente qualificados, mesmo nas zonas mais remotas do nosso território.
É com orgulho que testemunhamos o compromisso incansável da Ministra da Saúde, Dra. Sílvia Lutucuta, que tem liderado com coragem, estratégia e dedicação exemplar o processo de transformação e valorização dos recursos humanos na saúde. A sua aposta firme na formação contínua e especializada, com destaque para a introdução da cirurgia robótica em Angola, é um marco histórico que não pode passar despercebido.
O Presidente João Lourenço, visionário desta caminhada, merece igualmente o devido destaque. Infelizmente, para alguns, “insistentes da falácia do pouco de faz”, talvez por não conseguirem perceber a profundidade do que está a ser construído. A verdade é que precisamos melhorar a estratégia de comunicação, tornando-a mais eficaz que mostre, com clareza, as transformações em curso. Porém para quem, como eu, já viveu de perto mais de 10 anos num sector tão complexo como o da Energia e Águas, é impossível não reconhecer que há avanços estruturantes, visíveis em todo o sector social e a saúde não é uma excepção.
Somos jovens. Somos mulheres. E como tantas outras com ousadia e espírito de missão, participámos de concursos públicos, e hoje fazemos parte da Unidade de Implementação do Projecto de Formação de Recursos Humanos em Saúde. Viemos de áreas como pedagogia, investigação científica e ciências da comunicação, e aqui estamos, a servir com orgulho, contribuindo para uma Angola mais capacitada e forte.
Este desafio é inspirador. De Rousseau a Lev Vygotsky, ambos pedagogos o apanágio é o mesmo: qualquer sociedade que pretenda desenvolver-se deve começar por educar, capacitar e formar. É com essa visão que estamos aqui, a advogar por esta trajectória, a saudar o Presidente da República, João Lourenço, e a reconhecer a sua clara intenção de ver Angola no caminho certo.
Para alguns, verão adulação neste texto, no entanto, trago um olhar observativo , que observo com olhar analítico, um olhar analítico, é uma leitura honesta dos sinais positivos que se impõem no terreno. Há muito trabalho por fazer, sim, mas há também uma juventude engajada, comprometida com a causa nacional e disposta a dar o melhor de si pelo bem comum.
Quero saudar especialmente os jovens especialistas da Unidade de Implementação de Projecto e de outras instituições nacionais que abraçaram a missão de “formar, formar e formar”, levando conhecimento e capacitação até aos recantos mais longínquos do nosso país.
Estes jovens fazem a diferença. São eles que nos mostram que Angola tem rumo, porque o país não se resume ao que de negativo circula nas redes sociais. Há uma juventude comprometida, inteligente e patriótica que merece os nossos mais altos aplausos. Jovens que escolhem congressos, fóruns e espaços científicos como plataformas de crescimento, para aprender mais, conhecer mais e partilhar experiências que enriquecem o nosso sistema de saúde.
Permitam-me prestar uma justa homenagem a nomes como:
- Prof. Doutor Job Monteiro, neurologista e coordenador do ambicioso projecto de formação de quadros em saúde;
- Dr. Djamel Kitumba, neurocirurgião, referência nacional;
- Dr. Albano Eugénio, pela entrega e compromisso com a causa pública;
- Dr. Adão Chimuanji, que se destaca pela sua dedicação ao ensino e à prática de enfermagem;
- E muitos outros que, com certeza, trarei a este espaço público.
Sinto-me honrada por fazer parte desta equipa que valoriza o conhecimento, o saber e o compromisso com Angola. Porque servir ao país, com ciência e amor, é a maior expressão de patriotismo.
A Angola que cresce e evolui precisa ser mostrada. E nós temos o dever de partilhar estas histórias de superação, dedicação e excelência.
Viva a nossa Angola! Viva a saúde! Viva o saber!