“Não podemos esperar mais uma geração para fazer da industrialização africana uma realidade”

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Esta afirmação foi feita pelo presidente da República, durante a sua participação no evento de alto nível sobre a terceira década de desenvolvimento industrial de África IDDA IV, que decorre em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América.

Por Kamaluvidi Baltazar

O convite foi formulado pelo director geral da ONU para o Desenvolvimento Industrial, Gerd Muller, e igualmente pelo presidente da Comissão da União Africana, Mahamoud Ali Youssouf, em que João Lourenço proferiu o discurso de abertura no Evento Paralelo para a Promoção e Advocacia da Quarta
Década de Desenvolvimento Industrial para África, IDDA IV, que decorre em paralelo com a 80ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas.

Na sua intervenção, o presidente angolano defendeu que devem ser feitas reflexões que ajudem a projectar iniciativas para os próximos dez anos, em que as preocupações da União Africana serão analisadas com objectivo de acelerar o desenvolvimento industrial de África, recordando que, na sua elaboração, o IDDA integrou a Declaração sobre a criação da Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA).

Segundo o chefe de Estado, a experiência acumulada durante a Primeira e a Segunda Décadas do Desenvolvimento Industrial para África, demonstrou que a industrialização é uma condição indispensável para a autossuficiência e autossustentação, acrescentando que sem infra-estruturas adequadas, sem inovação tecnológica e sem cadeias de valor integradas, não se pode alcançar os objectivos de desenvolvimento sustentável, nem tampouco a transformação estrutural que se pretende atingir.

“O tema que nos reúne hoje – “Acelerar a Industrialização de Africa: Mobilização de Alto Nível para o IDDA IV” – é um apelo à acção imediata, pois não podemos esperar mais uma geração para fazer da industrialização africana uma realidade, que só se tornará notória se agirmos todos com vontade política firme, susceptível de garantir estabilidade e confiança, se expressa ao mais alto nível.”

No final, João considerou ser indispensável mobilizar financiamento, incluindo fundos de capital de risco, títulos de desenvolvimento sustentável e parcerias público-privadas eficazes, associando-se a capacitação técnica e tecnológica do capital humano para torná-los capazes de assumir a liderança da revolução digital e energética, numa fase em que se deve promover
a integração regional efectiva, capaz de transformar o mercado africano num espaço competitivo, dinâmico e interligado.


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