Nélson Kalenga defende maior abertura política e chama a juventude à responsabilidade patriótica

O jovem Político Nélson Kalenga defende que a política deve ser um espaço aberto para todos os cidadãos e que o fortalecimento do multipartidarismo é essencial para o exercício pleno da democracia em Angola. Segundo o político, o ano de 2027 será decisivo para o país, e quanto maior for o número de partidos a concorrer às eleições, mais viva e participativa será a cidadania.
REDAÇÃO-FD
“O multipartidarismo é a porta que dá acesso à verdadeira vida democrática. É ele que garante que cada cidadão possa ter voz, escolha e representação”, afirmou Nélson Kalenga, acrescentando que “Angola, se quiser continuar a ser reconhecida como um Estado democrático de direito, como proclama a Constituição, deve assegurar total abertura às candidaturas e à anotação de novos partidos políticos.”
A Constituição da República de Angola, no seu Artigo 2.º, estabelece que o país é um “Estado democrático de direito que tem como fundamentos a soberania popular, o primado da Constituição e da lei, a separação de poderes e a pluralidade de expressão e de organização política.”
Essa pluralidade, defende Kalenga, deve ser protegida com coragem e garantida pelas instituições, para que o sistema político não se transforme num espaço reservado apenas a alguns.
Na mesma linha, o político recorda o disposto na Lei dos Partidos Políticos (Lei n.º 22/10 de 3 de Dezembro), cujo Artigo 10.º assegura que “a filiação num partido político é livre” e que “ninguém pode ser privado do exercício de qualquer direito civil, político ou profissional por estar ou não estar filiado em algum partido.”
Para Nélson Kalenga, esta lei representa um dos pilares da liberdade política e da justiça democrática, princípios que o país deve preservar com rigor.
“O futuro democrático de Angola depende da forma como tratamos o pluralismo. Impedir o nascimento de novos partidos é negar a essência da democracia. A diversidade política é um sinal de maturidade e confiança num país que quer crescer”, sublinhou.
O jovem político defende ainda que a oposição deve assumir uma postura de responsabilidade nacional, com propostas sólidas e visão de futuro, em vez de se limitar à crítica.
“A oposição precisa de agir como quem quer governar, apresentar soluções reais e inspirar confiança no povo. Angola precisa de uma oposição que construa, que proponha, que aponte caminhos para um país melhor”, destacou.
Para além do papel dos partidos, Nélson Kalenga reforça a importância da juventude como força motriz da mudança.
“Cada jovem, mesmo que não faça política activa, deve servir Angola com o que tiver e puder. A política também se faz nas atitudes — no trabalho honesto, no voluntariado, na criação, na solidariedade. Todos temos uma parte a cumprir”, afirmou.
Com uma visão assente na solidariedade, patriotismo e renovação, Nélson Kalenga acredita que o fortalecimento da democracia começa com o compromisso individual de cada cidadão.
“Servir Angola é acreditar que o futuro depende de nós. A mudança não virá de fora — começa dentro de cada angolano que decide contribuir, sonhar e construir um país mais justo e democrático.”