Nélson Kalenga adverte Frei Hangalo sobre discurso que pode fragilizar o multipartidarismo

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O jovem político Nélson Kalenga dirigiu recentemente uma reflexão crítica ao Frei Hangalo, em reação à intervenção do religioso e analista político no programa da Rádio Despertar, transmitido na passada terça-feira, onde se debateu o tema “O surgimento de novos partidos políticos e o financiamento partidário vs. prestação de contas/relatórios”.


REDAÇÃO-FD

Kalenga, que tem acompanhado com regularidade o programa, reconheceu publicamente o mérito e a profundidade das análises do Frei Hangalo, destacando a sua capacidade pedagógica e o contributo que tem dado para o esclarecimento político e social da sociedade angolana. Contudo, o político considerou que, nesta última edição, houve um “excesso de rigidez” na abordagem do Frei Hangalo, sobretudo quando este manifestou descrença quanto à criação de novos partidos políticos no país.

“As suas análises têm sido objectivas e formativas. Porém, a forma peremptória como refutou o surgimento de novas formações políticas pode ser entendida como um atentado ao princípio do multipartidarismo, que é pilar da nossa democracia”, alertou Nélson Kalenga.

O jovem político sublinhou que a democracia vive da inclusão e da pluralidade de ideias, pelo que toda posição pública deve reforçar — e não restringir — o espaço de participação política dos cidadãos.

“Quando refutamos a entrada de novos actores no cenário político, acabamos por transmitir a ideia de que os que já existem devem continuar a dominar o espaço democrático. Isso é perigoso para o crescimento político e institucional de Angola”, observou Kalenga.

Defensor da participação juvenil e da renovação política, Nélson Kalenga apelou à ponderação e equilíbrio dos analistas e líderes de opinião ao tratarem temas tão sensíveis quanto o multipartidarismo.

“Com todo o respeito e admiração, a minha sugestão é que Frei Hangalo seja mais comedido nas próximas abordagens. O país precisa de vozes que inspirem a inclusão, a diversidade e o respeito pelo direito de participação política de todos”, concluiu o político.

Para Kalenga, o debate político deve continuar aberto, crítico e plural, mas sem perder o compromisso com os valores democráticos e com o ideal de uma Angola cada vez mais participativa e representativa.


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