Funcionários da Saúde e Educação no Muconda denunciam más práticas do administrador municipal acusado de se apoderar dos subsídios alocados

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Mais de 400 funcionários afectos ao Ministério da Saúde e Educação destacados no Muconda, província da Lunda Sul, denunciam más práticas do administrador municipal, Isaías Sacajima, acusado de se apoderar dos subsídios que são alocados para os funcionários dos dois ministérios.


REDACÇÃO DO FACTOS DIÁRIOS

Em 2023, a ministra da Saúde, Sílvia Lutukuta, exarou um decreto que aprovava o pagamento dos subsídios de zonas recônditas para todos os funcionários, conforme se pode constatar no documento que tivemos acesso, mas até à data presente os mesmos confessaram que o pagamento não foi efectuado nas suas contas bancárias, acusando o administrador Isaías Sacajima de se apoderar dos valores para suas próprias satisfações.

Para justificar a acusação que pesa sobre Isaías Sacajima, os funcionários contaram que o mesmo alega não ter recebido qualquer deliberação do Ministério da Saúde para efectuar o pagamento dos subsídios, mas os denunciantes afirmaram que os municípios do Dala e Cacolo, como, por exemplo, foram pagos, situação que deixa os funcionários revoltados e que dentro de poucos dias pode haver uma paralização dos serviços nas unidades de saúde daquele município.

Tendo em conta o parecer do secretário do Estado para as Finanças Públicas e Tesouro, Otiniel dos Santos, que afirmou, no dia 5 de agosto de 2024, a disponibilização de mais de 18 mil milhões de Kwanzas, destinados ao pagamento de retroativos de subsídios dos técnicos pertencentes as Zonas Recônditas, de acordo com a Circular n° 07 do Gabinete da Ministra das Finanças, publicada no dia 3 de Outubro do corrente ano, que ordenou o pagamento do respetivos valores.

Por não existir a correspondência ao Gabinete das Finanças a nível da Lunda Sul quanto ao pagamento dos técnicos,
até o momento os enfermeiros não foram beneficiados com retroativos dos subsídios de renda e isolamento (14 meses de atrasos dos subsidios de renda e 19 meses dos subsídios de isolamento).

Por se notar a morosidade no processo do cadastramento, isto indica o não pagamento dos referidos valores este ano, uma vez que o processo de qualquer subsídio, de acordo com o programa das finanças, termina sempre em novembro.

“Estamos a falar de funcionários pertecentes ao Ministério da Saúde. Apesar da Nova Divisão Político Administrativa em que o município passou a tipologia B, mas o acordo do pagamento foi antes. Este valor existe, mas até hoje não vemos. Na verdade, o que queremos são os nossos subsídios nas contas até a data que ele estipulou. Estão manchando o bom nome da nossa ministra por causa dos roubos feitos por eles”, lamentaram.


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