“A cooperação bilateral solidificou-se e a parceria que mantemos ampliou-se para todos os campos e sectores de interesse mútuo”
Angola ocupa a presidência rotativa da União Africana e, como tal, tem a incumbência de co-presidir ao histórico evento, na pessoa do seu Chefe de Estado, João Lourenço. O outro co-presidente é o português António Costa, Presidente do Conselho Europeu.
POR AMÉLIA ROSA
Na dupla qualidade de Presidente da República de Angola e de Presidente em Exercício da União Africana, João Lourenço regozijou-se por acolher tão ilustres e destacados dignitários de África e da Europa em Luanda neste mês de Novembro, que tem para os angolanos um significado especial, principalmente neste ano de 2025, em que celebramos o jubileu dos 50 anos da Independência Nacional.
“Assinala-se este ano o 25.º aniversário da parceria União Africana-União Europeia, podendo-se afirmar que, no transcorrer deste quarto de século, o conhecimento mútuo aprofundou-se, a cooperação bilateral solidificou-se e a parceria que mantemos ampliou-se para todos os campos e sectores de interesse mútuo, com resultados que nos animam a seguir em frente, pois os bons resultados estão à vista e o futuro afigura-se cada vez mais promissor. Temos vindo a construir canais de diálogo e de cooperação em várias áreas, tais como as da Paz e Segurança, Comércio e Investimento, Governação, Educação, Saúde, Acção Climática e Transformação Digital”, disse Lourenço.

O Presidente disse que tem consciência dos esforços que devem ser envidados para aprimorar de uma maneira geral os modelos de cooperação essenciais, para que se consiga tirar os maiores benefícios possíveis da parceria que as duas uniões mantém, que se tem revelado dinâmica e muito orientada no sentido de contribuir para a resolução dos principais problemas e desafios que juntos enfrentam no processo do desenvolvimento económico e social de países.
“Esta 7.ª Cimeira União Africana-União Europeia oferece-nos a oportunidade de fazermos uma reflexão profunda sobre a nossa trajectória e procedermos às correcções que se afigurem necessárias, pois África e a Europa, num quadro de respeito mútuo, têm muito mais a ganhar do que a perder se caminharem sempre juntos, reforçarem o intercâmbio entre si, complementando-se com o que cada parte tem de melhor para o outro”.
“A Europa tem o know-how e a tecnologia, África tem as matérias-primas fundamentais para as indústrias do mundo, tem as terras aráveis que não estão ainda saturadas, contaminadas com excesso de fertilizantes e agrotóxicos, tem cursos de água abundantes para irrigação e para a produção de energia limpa, tem sol em abundância para a produção de energia igualmente limpa e tem abundante mão-de-obra jovem, que com formação adequada pode mudar o quadro vigente”.