A ESSÊNCIA DO CRIME NÃO ESTÁ NO PESO NEM NA QUANTIDADE DE EXPLOSIVOS: 60 TONELADAS OU 60 EXPLOSIVOS NÃO DIMINUEM A GRAVIDADE DO CRIME POLÍTICO
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OPINIÃO
Por: CJ (Cientista Social e Politólogo)
28/01/2024
Sociologicamente falando, o refere-se às acções que desafiam ou ameaçam a ordem política, social ou jurídica estabelecida numa sociedade – regra geral, motivados por objectivos políticos, ideológicos ou revolucionários. O está associado à tentativa de transformar ou contestar as instituições públicas, órgãos do Estado e o governo. Mas as acções violentas decorrentes dessas contestações (atentados ou rebelião armada), são classificados como .
Os órgãos de comunicação social: televisão, rádio e jornais (físico e digitais), atempadamente corrigiram o lápso ou erro cometido, quando, invés de noticiarem <60 explosivos>, noticiaram <60 toneladas de explosivos>. Estes órgãos assumiram explicitamente a sua “ignorância” quanto à unidades de medidas (peso/massa) e,logo, a opinião pública ficou melhor esclarecida.
Infelizmente, a tendenciosa e fútil narrativa de <60 toneladas de explosivos, persiste na boca dos apoiantes dos presumíveis autores intelectuais ou moral da , visando tão somente desvincular os mesmos de qualquer responsabilidade política e criminal sobre à mesma.
Essa fútil e persistente narrativa das <60 toneladas de explosivos>, deve ser desconstruida para desenganar, primeiro – as próprias pessoas que a sustentam e, segundo – o povo em geral, que é manipulado pelas pessoas que sustentam essa infame narrativa. O que está em causa não é o peso bruto e nem a quantidade dos explosivos, senão, a gravidade do propósito daqueles que engendraram o plano estratégico, tático e operacional (acção terrorista), e os objectivos estratégicos do Estado, visados pelos autores intelectuais ou moral, desta
O facto de as autoridades apresentarem publicamente algumas granadas de vários tipos, calibres e origens, não significa que os <60 explosivos> referenciados pelos Serviços de Investigação Criminal, (através dos órgãos de comunicação social), sejam apenas granadas – engenhos explosivos são de vários tipos e de diversos calibres (cada um deles é utilizado segundo o seu poder de destruição e do alvo seleccionado).
A sátira e o sarcasmo à volta dos <60 explosivos> devem cessar, para termos clareza sobre a gravidade da situação, que remete-nos à um quadro de terror em plena paz vigente no país desde 2002. A autoria intelectual ou moral, bem como o comando estratégico e tatico desta estão por serem apuradas, mas os principais operacionais/executores, estão já detidos e bem identificados – têm nomes, rostos, endereços e respondem aos competentes processos-crime.
Portanto, ao invés de tentarem banalizar descredibilizar e diminuir a gravidade dos crimes em potência e, o sucesso dos Serviços Informação e Segurança do Estado, bem como a perícia e a eficácia dos Serviços de Investigação Criminal, deviam/devem olhar para esse problema, com “olhos de ver” e, ouvir com “ouvidos desobstruidos”, a única verdade criminal sobre os factos. Os operacionais/executores da estão detidos e respondem à processos-crime (essa é a única verdade e, que não vale a pena fugirem nem escamotearem).
Com <60 toneladas de explosivos> ou com <60 explosivos>, o certo é que a rede criminosa e terrorista foi oportunamente detectada, controlada, desativada e devidamente encaminhada pelas autoridades policiais e judiciais (órgãos competentes de segurança e justiça do Estado angolano).
Independentemente da capacidade de explosão e do raio de destruição desses explosivos – o plano terrorista e os objectivos estratégicos visados, são o o acento tónico desses processos-crime.
Não tenham medo nem vergonha de assumirem publicamente, que os detidos e indiciados nesses processos-crime, são pessoas conhecidas e muito próximas à vocês (têm rostos, nomes, apelidos, moradas e vínculos políticos comprometedores), pois, sabe-se que o propósito deles foi e é partilhado com muitos de vocês – que agora encolhem às caudas, porque a acção terrorista foi frustrada ou abortada oportunamente pelas autoridades competentes (órgãos de defesa e segurança do Estado).