A GRANADA FOI LANÇADA DEPOIS DE O CORPO SER REMOVIDO: Agente da Polícia Nacional mata efectivo do SIC com tiro de AKM e coloca-se em fuga

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Um cidadão nacional que em vida respondia pelo nome de Jeremias Alcino Sawanga, de 23 anos de idade, agente de 3.a classe do Serviço de Investigação Criminal, colocado no Porto de Luanda, foi morto com um tiro no estômago, neste domingo, 12, por um cidadão de nome Tiago dos Santos Lucamba, Agente da 3. Classe da Polícia Nacional, colocado no Comando Municipal de Cacuaco e em serviço na Esquadra da Vila Sede, no Destacamento Policial da Eco Campo, como patrulheiro, após uma contenda.


FONTE: NA MIRA DO CRIME

Segundo uma testemunha identificada apenas como William, militar das Forças Armadas Angolanas (FAA), e amigo de ambos, o facto ocorreu por volta das 22 horas, quando o acusado se deslocou a feira das roullotes, a cerca de 500 metros da esquadra da Nova Urbanização, para jantar, abandonando o posto de serviço, situado a aproximadamente 500 metros da esquadra, sem o conhecimento do seu Comandante e se dirigiu à mesa onde estava o efectivo do SIC e o militar.

“Eu e o Jeremias já estávamos lá a conviver. Ele (Jeremias) levantou-se, pôs a mão no meu ombro e Começámos a Conversar. Disse-me: Sempre com os bufos? A partir daí começou a confusão, e eu ainda tentei impedir”, relatou.

Acrescentou que o agente da polícia, que estava fardado, desferiu subitamente quatro bofetadas no peito da vítima, ameaçando matá-lo. Segundo o entrevistado, Jeremias afastou-se do local na tentativa de evitar que o pior acontecesse.

“Parecia ser uma acção já premeditada, porque antes de cometer o homicídio, o agente disse: “Conheço-te bem, és um agente do SIC. Vamos dar- te um cartão vermelho”, frisou.

William salientou que, logo depois de deixar o local, o agente regressou com uma arma de fogo do tipo AKM e efectuou um disparo na região abdominal, provocando a morte imediata da vítima. Ainda de acordo com a testemunha, após o incidente, o homicida dirigiu-se à sua esquadra, onde informou o comandante sobre o ocorrido. O oficial, no entanto, limitou-se a receber-lhe a arma, sem proceder a qualquer detenção, tendo o agente desaparecido da esquadra pouco depois e continuando foragido até ao momento.

Quanto à detonação da granada, a testemunha afirma que ocorreu apÓs a remoção do corpo do local, desconhecendo-se o autor da deflagração do engenho explosivo. Ouvidos por este jornal, José Baptista e Madalena Sebastião, vítimas da explosão, confirmaram que esta se deu após a retirada do cadáver.

“Não sabemos, concretamente, quem lançou a granada de que fomos vítimas, mas não foi o malogrado”, afirmaram. No entanto, o Na Mira do Crime sabe que pelo menos 21 pessoas ficaram feridas na explosão, todas já se encontram fora de perigo.

De acordo com o porta-Voz da Polícia Nacional em Luanda, Superintendente-Chefe Nestor Goubel, o presumível autor do homicídio encontra-se em parte incerta, estando em curso diligências com vista à sua detenção, para ser presente ao Ministério Público e ao Juiz de Garantias, a fim de se darem início aos procedimentos legais.


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