CAROLINA CERQUEIRA RESSALTA AMIZADE E COOPERAÇÃO FRATERNA COM O VIETNAME
A cumprir uma visita de Estado à Angola, o Presidente da República Socialista do Vietname, Luong Cuong, foi hoje, 07, recebido no Parlamento angolano, onde foi recebido com honras militares.
REDAÇÃO-FD
Na qualidade de anfitriã, a presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, dirigiu uma calorosa mensagem de boas-vindas ao convidado de honra e sua delegação, na qual realçou os laços de amizade, solidariedade e cooperação fraterna, que norteiam as relações entre os dois países.
“As nossas relações têm raízes que remontam aos tempos em que os nossos povos enfrentaram duras lutas pela independência e soberania. Tal como Angola, o Vietname escreveu, com coragem e determinação, uma história de resistência contra as adversidades, vencendo obstáculos que pareciam intransponíveis”, ressaltou.
Carolina Cerqueira galvanizou a coragem do povo vietnamita, da sua capacidade de se reinventar e de transformar períodos de grande provação em oportunidades de desenvolvimento. “É um exemplo inspirador para o mundo”, enfatizou.
Considerou que o Vietname é hoje símbolo de uma “notável” transformação, tendo transitado de um passado de guerra e dificuldades, para um presente de crescimento económico, dinamismo social e projecção internacional.
Relações Históricas
Para a líder parlamentar, a presença do estadista vietnamita na Casa da Democracia angolana representa o fortalecimento dos vínculos políticos e institucionais entre Angola e o Vietname, além da reafirmação de uma amizade construída sobre o respeito mútuo, a solidariedade e a cooperação fraterna.
“Desde o estabelecimento das relações diplomáticas entre Angola e o Vietname, em 1975, poucos meses após a proclamação da independência angolana, os nossos países têm mantido um diálogo fraterno e mutuamente vantajoso”, observou.
Carolina Cerqueira recordou que, ao longo de décadas, os dois países partilham experiências em diversos sectores, desde a formação de quadros e cooperação técnica, até à agricultura, saúde e educação. “Muitos angolanos foram acolhidos no Vietname para estudar e formar-se, e técnicos vietnamitas contribuíram e continuam a contribuir para o desenvolvimento de áreas essenciais no nosso país.
Esta história de solidariedade mútua é um património que devemos preservar e aprofundar”, referiu.
Concluiu, porém, que a visita de Estado de Luong Cuong a Angola abre um novo capítulo nesta “relação histórica”, oferecendo uma oportunidade para consolidar conquistas e explorar novas áreas de colaboração, seja no comércio e investimento, na ciência e tecnologia, na educação e cultura ou ainda na cooperação parlamentar.
Cooperação parlamentar
Quanto à cooperação parlamentar, a Chefe da Casa das Leis salientou o papel essencial do Grupo de Amizade Angola–Vietname no seio das Assembleias Nacionais de ambos os países.
Lembrou que estes grupos parlamentares têm a responsabilidade de dinamizar o relacionamento interparlamentar, promover o intercâmbio de experiências legislativas e fomentar iniciativas conjuntas que reforcem os laços de amizade e cooperação. “Ao fortalecer a diplomacia parlamentar, estaremos também a consolidar a diplomacia entre os nossos povos”, sublinhou.
No âmbito da cooperação bilateral, Carolina Cerqueira encoraja a ampliação da sua dimensão. Sugere investir no conhecimento mútuo, estimular o intercâmbio juvenil, cultural e académico e promover parcerias entre as nossas universidades, centros de pesquisa, instituições culturais e câmaras de comércio.
Augura, por isso, que os próximos anos sejam marcados não apenas por acordos assinados, mas por acções concretas que transformem a vida dos cidadãos angolanos e vietnamitas.
Pois, acredita que o reforço da parceria com o Vietname poderá contribuir para respostas conjuntas e eficazes aos desafios globais, marcados pelas alterações climáticas, as ameaças à segurança internacional, as crises económicas e as desigualdades sociais.
“Angola vê com admiração o percurso do vosso país e acredita que o exemplo vietnamita pode contribuir de forma relevante para as aspirações comuns dos países do Sul Global”, disse a política angolana, que reitera a vontade de uma cooperação mutuamente benéfica e aberta a novos horizontes, baseada no compromisso “inabalável” com a paz, o desenvolvimento e a prosperidade partilhada.
