Comunicado do Partido Liberal Sobre a Retirada do Subsídio ao Combustível

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O Partido Liberal manifesta o seu mais veemente repúdio pela forma injusta, autoritária e socialmente insensível como o Governo decidiu avançar com a retirada total do subsídio ao combustível, empurrando milhões de angolanos para uma condição de indigência económica e colapso social.


  1. Um Governo em fim de mandato não tem legitimidade moral para impor mais sacrifícios a um povo exausto.
    O Executivo, sustentado por uma maioria parlamentar capturada, revela mais uma vez a sua prioridade: proteger os privilégios de uma elite política e empresarial encostada ao poder, enquanto transfere os custos da sua má gestão para o cidadão comum.
  2. A narrativa da sustentabilidade fiscal é falaciosa.
    Durante anos, o erário foi drenado por má gestão, corrupção institucionalizada e prioridades invertidas. Não se pode agora, com discursos tecnocráticos, pedir ao povo que “compreenda o esforço” quando o próprio Estado não dá o exemplo de austeridade, transparência ou reforma.
  3. O corte de subsídios sem contrapartidas é uma violência social.
    Eliminar o subsídio ao combustível sem medidas compensatórias como incentivos à produção é objetivamente, um ataque à economia das famílias, sobretudo no interior e nas periferias urbanas, onde o transporte informal é vital.
  4. Estamos perante um Estado que tributa os pobres para sustentar os ricos.
    O Governo não cortou nos seus luxos: não reduziu ministérios inúteis, nem o número de assessores, nem os gastos com viaturas de luxo, festas protocolares ou viagens desnecessárias. Mas corta naquilo que impacta diretamente o custo de vida do povo.
  5. O Partido Liberal defende outra via.
    Sim, o país precisa de contas públicas sustentáveis mas não à custa dos que nada têm. Acreditamos numa reforma económica baseada em:
    Combate real à corrupção e ao desperdício;
    Redução do Estado parasitário;
    Abertura à iniciativa privada e local;
    Redução de impostos sobre os mais produtivos e mais pobres;
    em vez de subsídios escondidos que alimentam cartéis.
    Angola não precisa de mais sacrifícios do povo, precisa de coragem política, justiça económica e respeito pelos seus cidadãos.

Assina:
Luís de Castro
Presidente do Partido Liberal.


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