DISCURSO SOBRE ESTADO DA NAÇÃO E A SAÚDE DO PRESIDENTE JOÂO LOURENÇO

OPINIÃO
VASCO DA GAMA – Jurista e Jornalista.
É na compreensão do axioma segundo o qual a notícia será quando o dono morder o cão e não quando o cão morder o dono que se aprende a ver o que, embora se esteja no mesmo cenário, poucos tendem a ver.
Possivelmente, teremos sido influenciados por este adágio técnico a vermos a saúde do Presidente, João Lourenço, nos termos em que trazemos aqui e agora e, portanto, esperemos que nos compreendam…
João Lourenço, um mais velho – como ele próprio dissera numa das recentes reuniões do Comité Central do MPLA – de 71 anos de idade,(1954 a 2025) fez, do final da manhã até ao meio da tarde de quarta-feira, 15 de Outubro do ano que corre, o discurso sobre o estado da nação, como corolário da constituição angolana, que impera tal realização no acto solene de abertura do ano parlamentar.
Durante e depois da comunicação, verificamos algumas precisões que, impregnados pelo axioma do “dono que morde o cão” mereceram apreensões e, agora, motivam esta curta abordagem, pois, JLO – como é tratado desde a campanha das eleições de 2017- leu um total de 40 páginas, na mais pura naturalidade, a fazer fé do discurso que os órgãos oficias distribuíram e que, desta feita, circula em todo o lado e confirmado por nós, através do portal do Governo de Angola (https/governo.gov.ao) 16.10.2025.
Para mais, a comunicação de JLO contém um texto cujo tamanho de letra é 14, tipo de letra “calibri light”, espaçamento entre linhas 1.15, espaçamento entre parágrafos 2.0, letra minúscula (texto geral) e maiúscula na parte protocolar, ou seja, a parte da saudação das entidades e do público presente no hemiciclo.
Um outro elemento de valoração incontestável prende-se com o tempo do discurso. Ou se dito de outra forma, o Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, começou a discursar, nada menos e nada mais às 11h15 minutos e terminou minutos depois das lagrimas deitadas por uma exultação incontida, mas que se manifestou com alguma nostalgia, às 14h30 minutos. Portanto, contas feitas, JLO discurso durante 3 horas e 15 minutos.
Todavia, se pensa que o único detalhe incomum foi o tempo que durou o discurso está equivocado, caro amigo. Pois, o mais velho, ficou este tempo todo sem comer, em pé, sem tossir, sem nenhuma interrupção para urinar, por exemplo, apenas bebeu uns goles curtinhos de água para hidratar, sem mudar de posição, pelo menos trocar o pé de apoio e, mais, leu sem óculos.
Este último elemento (ler 40 páginas com letras minúsculas sem óculos) é, para nós, (e poderá ser para todos os de sã consciência) é de tirar o chapéu. É de “bater pala” como se diz no linguajar do nosso povo.
E é assim porque pela idade, tempo de serviço que inclui perca de noites nas matas desta imensa Angola, com o “gingar” do fumo dos canhões e o soar das balas que, muito bem, soube fazer e dirigir, não era espectável que conseguisse.
Aliás, quantos com menos de 40 anos já não conseguem ler duas páginas sem óculos! Portanto, é caso para se dizer que, o discurso sobre o estado da nação serviu para percebermos que, o Presidente João Lourenço recomenda-se, está muito bem de saúde, pois, os dados que trouxemos aqui afastam uma enorme lista de patologias que, uma vez tendo, não permitem muito tempo em pé, ler sem óculos, sem urinar, sem comer, sem beber água, como tal e tudo mais. (estas patologias são, dentremente do vosso conhecimento).
Foto: CIPRA (arquivo)
VG_NEWS (17.10.2025)