Em duas semanas Africel chega nas aldeias do Huambo e o pessoal de marketing da Unitel zunga à custo zero números e capacetes para travar concorrência

A empresa de telefonia Africel, de origem americana, chegou há duas semanas na província do Huambo e, durante este período, o sinal chegou em zonas mais críticas da província. Nas aldeias, muitos aldeões deitaram os números da Unitel, o que deixa preocupado o concorrente.
POR AMÉLIA ROSA
Durante a semana, a Unitel disponibilizou planos especiais somente aos Huambuenses com tarifários mais baixos desde o saldo de voz, SMS e internet e, ainda hoje, 15 de Agosto, a empresa Pública Angolana de telefonia móvel disponibilizou, no Pavilhão Osvaldo Serra Van-dúnem centenas de capacetes aos moto-taxistas no sentido de reforçar o marketing.
Nas aldeias de Ngandalinha, Santa Aurora e na comuna do Monte Belo, no município do Bailundo, 80% dos moradores abandonaram os números da Unitel porque, segundo contam, para se comunicar com esta rede era necessário trepar num pau ou procurar uma montanha, o que fazia com que os familiares que vivem na capital do país e no centro das cidades, eram obrigados aguardar a mensagem dos familiares que moram nas aldeias.
“Hoje mesmo na cama podemos atender o telefone”, disseram os moradores do Monte Belo.
No município da CAÁLA, província do Huambo, desde o ano passado o sinal melhorou por se tratar do município satélite da província, porém, na Aldeia do Epwatcha e arredores, era difícil se comunicar e pedem que a Unitel possa seguir a dinâmica da Africel para se evitar a morte da empresa Angolana.
“Como é possível uma empresa estrangeira que chegou agora conseguiu se expandir em todas as aldeias e a Unitel não consegue?”, questionou um dos moradores.