Homens de limpeza no município da Caála há 12 meses sem salário. Administração solidariza-se e doa 4 quilos de arroz

A exploração contra os cidadãos angolanos tem sido a cultura de vários dirigentes do país e, a província do Huambo, sobretudo o município da Caála, não poderia ficar de fora.
POR ISIDRO KANGANDJO
São, no total, 78 funcionários pertencentes ao serviço de Saneamento Básico no município da Caála, província do Huambo que, desde o mês de Abril de 2024 não vejam os seus salários. Esta realidade não é nova. Em 2016 ficaram um ano sem salário e em 2017 aguentaram, também, 6 meses.
“O mês passado, recebemos o salário do mês de Abril referente ao ano de 2024, o que significa que fechamos um ano sem salário. Desde 2008 nunca assinamos contrato laboral e sempre que solicitamos somos expulsos sem qualquer indemnização”, disse um dos lesados.
Apesar de ser um trabalho de risco e que possam contrair doenças, os trabalhadores não têm seguro de saúde e os salário são os mais baixos possível violando a Lei Geral de Trabalho sobre o salário base. Segundo os lesados, motoristas auferem 33 mil Kwanzas enquanto o pessoal de limpeza tem um salário de 22.500, mas sem direito às férias.
A fonte confidenciou ao Factos Diários que, em 2012 a empresa tinha 113 funcionários e 35 senhores foram despedidos sem qualquer indemnização.
O Sr. Identificado pelo nome de Sandja terá confidenciado aos funcionários que não conseguiu até aqui resolver os problemas por culpa do Estado que não consegue pagar as suas dívidas, sobretudo o Governador Pereira Alfredo por burocracia em solicitar ordem de saque através da GEPE.
ADMINISTRAÇÃO DISPONIBILIZOU POR DUAS VEZES 4 QUILOS DE ARROZ
Com a finalidade de acabar a fome na vida dos trabalhadores que não vejam os seus ordenados, a fonte partilhou ao Factos Diários que Administração municipal da Caála, doou, por duas vezes, 4 quilos de arroz e alguns pacotes de massa para cada membro da limpeza.
O Factos Diários aguardou mais de uma semana no sentido de ouvir a versão da Administração municipal da Caála e do gestor principal dos trabalhadores, até o momento ninguém respondeu e o responsável de comunicação deste município deixou de atender as nossas chamadas.