Máfia Chinesa procura influenciar a influenciar a justiça angolana sobre o processo que envolve a empresa angolana akwaba group e zhongan-hengtai

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Afinal quem merece protecção em angola: a máfia chinesa ou os angolanos”? É pergunta que não se quer calar. Todos questionam-se sobre a influência e domínio que a máfia chinesa tem sobre os vários quadrantes do país, desde o comercio, a indústria até a justiça.


FONTE: CNN ANGOLA

O caso que despertou atenção da nossa redação tem a ver com o já propalado caso da Akwaba Group, uma empresa angolana que luta contra a máfia chinesa num negócio de material ferroso. Tudo terá acontecido em 2020 quando a empresa chinesa Jieppi Topping Internacional e Zhongan-Hengtai cliente da empresa angolana, decidiu passar pernas ao negócio do seu vendedor, um negócio vencido por concurso público pela Akwaba Group, especializada e habilitada na recolha e tratamento de resíduos petrolíferos e não só.

Tudo indica que a empresa chinesa, com o testa de ferro de um angolano que se apresenta ser sobrinho do Procurador Geral da República, vendo a magnitude do material disponível, terá orquestrado um plano para retirar o negócio das mãos do seu vendedor, mas desta vez sem mais pagar nenhum tostão. Pelo menos é o que se lê na nota de imprensa a que tivemos acesso e enviada pela empresa angolana, Akwaba Group Lda: “Estas empresas chinesas ZHONGAN-HENGTAI/ JIEPPING TOPPING, sob pretexto do senhor Josemar Pitra Leopoldo ser supostamente parente do senhor Procurador Geral da República, veem desobedecendo a decisão do Tribunal de Comarca de Luanda (Processo nº 901/022-C-PGR/SIC-GERAL) que orienta a AKWABA GROUP a recuperar todo material envolvido no concurso público da Angoflex”.

Apurados os factos sabe-se que deste imbróglio de disputa que já dura mais de 5 anos, sobre um negócio que envolvia a seleção e comercialização de material ferroso e não ferroso, como veículos pesados, maquis, geradores, etc, entre a empresa angolana (Akwaba Group) e a chinesa (Zhongan-Hengtai), o tribunal de comarca de Luanda anuiu a favor a Akwaba Group, instando a Zhongan-Hengtai ou Jieppi Topping Internacional a devolução de todos os bens envolvidos no referido negócio. Ai é que tudo começa.

A Akwaba Group acusa a empresa chinesa de criar entraves, dificuldades a empresa angolana de retirar o material, criando barricadas e até realizando aberturas de trincheiras para que os camiões e máquinas destinadas a remover o material ferroso não acedam ao local, parece um campo de batalhas. Pelo menos é o que as imagens e vídeos do local a que tivemos acesso mostram. Em outras palavras os chineses estão mandando lixar todo orientação judicial.
A empresa angolana, Akwaba Group não tem dúvidas que diante deste desrespeito as autoridades, com descumprimento da lei e do poder judicial a empresa chinesa Zhongan-Hengtai ou Jieppi Topping Internacional esteja a ser protegida e a usar esquemas de corrupção para ficar com o que, de acordo com a fonte, não é deles, descredibilizando a nossa justiça, as instituições.

A empresa angolana, na sua recente nota distribuída à imprensa, reiterou que “nesta altura, a empresa chinesa investe em calúnia e difamação contra a AKWABA GROUP, contra os órgãos judiciais e contra o Serviço de Investigação Criminal, ao mesmo tempo que criando terror nas suas instalações para que a AKWABA GROUP não consiga ter acesso ao material ferroso, descumprindo a decisão exarada pelas nossas autoridades judiciais”.
Afinal quem protege os chineses em Angola?

Recentemente o advogado angolano David Mendes veio a público, através de uma vídeo nas suas redes, denunciar a máfia chineses em Angola, onde questiona quem de facto merece protecção em Angola, se a máfia chinesa ou os angolanos.

David Mendes foi mais longe no seu vídeo ao afirmar que diante desta protecção que se oferece a máfia chinesa não resta nada para o empresariado angolano, e que os chineses estão a tomar conta do país. O jurista entende que não tem havido investimento chinês em Angola, e volta a questionar a origem do dinheiro que permite a que os chineses tomem conta de Angola “afinal onde é os chineses encontram dinheiro para tomarem conta de Angola?”. David Mendes vai mais afundo a manifestar preocupação pois pela força daquilo que chama por máfia, o país pode tornar-se um dia numa província chinesa.

Sobre o mesmo assunto, o sociólogo angolano, José Capingala, igualmente docente universitário em uma das mais prestigiadas Instituições de Ensino Superior em Luanda, entende que “a máfia em Angola é um facto”, e defende que em relação a máfia chinesa, não se pode generalizar a todos os cidadãos chineses residentes no país.

No entanto, José Capingala enfatiza que “a falta de transparência nas relações económicas entre China e Angola dificulta a fiscalização e o combate à criminalidade, e quem sai prejudicado é o empresariado nacional”.

O docente universitário entende que é fundamental fortalecer a cooperação internacional entre Angola, China e outros países para combater o crime organizado transnacional, mas nesta relação Angola deve sempre defender sua soberania, fortalecendo as instituições angolanas, como a polícia, o sistema judicial e os órgãos de fiscalização, para combater a corrupção e a impunidade”.

José Capingala defende a necessidade de se fortalecer a investigação Jornalística sobre as actividades da máfia chinesa em Angola, a fim de aumentar a consciência pública e pressionar as autoridades a agirem. “É preciso acabar com a impunidade destes grupos que com dinheiro influencia e inclusive poder a seu favor, prejudicam o empresariado nacional em nome de um investimento duvidoso que açambarca, corrompe, e prejudica as iniciativas nacionais. Inclusive criam concorrência desleal”.

O académico acrescenta que “a presença de grupos criminosos organizados chineses, por vezes referidos como “máfia chinesa”, em Angola é um tema que tem gerado preocupação e debate, embora a extensão exacta e a natureza de suas actividades sejam difíceis de determinar com precisão”.

O também especialista em Política Social aponta os crimes ou áreas a que está máfia actua, como exploração ilegal de recursos naturais, entre o contrabando de madeira, minerais e outros recursos, muitas vezes em colaboração com autoridades locais corruptas; a exploração de trabalhadores chineses trazidos para Angola, submetendo-os a condições de trabalho análogas à escravidão e servidão por dívida; Jogo ilegal e lavagem de dinheiro e a corrupção, perpetrada por práticas de suborno de funcionários públicos para facilitar actividades criminosas e obter vantagens em negócios. Pedro João, empresário Nacional, questionado sobre a actuação de algumas empresas chinesas, critica a concorrência desleal em relação as empresas locais, “devido a vantagens como acesso facilitado a crédito e a importação de produtos a preços mais baixos”.

Voltando ao caso que envolve a angolana Akwaba Group e a Chinesa Zhongan-Hengtai, Pedro Mayala, Presidente do Conselho de Gerência da empresa angolana, lamenta a forma como a empresa chinesa tem insistido a desrespeitar e manipular as instituições judiciais angolanas em relação ao caso que envolve sua empresa, numa disputa de negócio que dura mais de 5 anos e que a justiça já deu razão a Akwaba Group.

O responsável entende que a África de caminhar para uma consciência próprio, defendo seus próprios interesses. Os chineses não podem colocar sua máfia para prejudicar uma empresa nacional como a Akwaba Group que tem responsabilidades e funcionários para manter empregados. Ainda de acordo com Pedro Mayala, nesta altura, mesmo com a ordem judicial os chineses não obedecem a justiça, não permitem a que a Akwaba group siga em diante com a retirada de todo o material ferroso, para além daquilo que, segundo a fonte Zhongan-Hengtai/ Jiepping Topping açambarcou e colocou em lugar incerto.


Nas palavras o empresário angolano “a máfia chinesa tenta a todo custo desobedecer e contrariando às várias decisões judiciais exaradas pelo tribunal, por meio de esquemas, inclusive, tentando controlar a justiça”.

E questiona: “porquê que o senhor Josemar Pitra Leoporto fugiu para Portugal, desde quinta-feira? Se esta máfia chinesa continuar a insistir nestas manobras, colocando inclusive em causa o bom nome das instituições que estão a conduzir este processo, nós vamos divulgar documentos exarados pelo Ministério Público, dos Juízes que dão-nos razão neste caso.


Informou o responsável que na última segunda-feira, enquanto o tribunal julgava sumariamente os cidadãos chineses implicados no crime de desobediência e agressão física da autoridade judicial, num evento em que teria agredido fisicamente um oficial de justiça quando este encontra-se nas instalações da Zhongan-Hengtai, na zona do município de Catete, provincial do Icolo e Bengo, um cidadão que se apresentou como coronel das forças armadas fez-se naquelas instalações e ordenou a saída do local dos agentes de protecção física que pela Akwaba Group encontram-se a trabalho para controlar os meios ferrosos que lá se encontra, de propriedade da empresa angolana que a empresa chinesa supostamente teria açambarcado das antigas instalações da Angoflex, na zona da Barra do Dande, província do Bengo, que de acordo com a documentação que tivemos acesso a empresa angola teria tido acesso por ter sido escolhido durante um concurso público realizado pela extinta Angoflex: “por concurso público a AKWABA GROUP, especializada e habilitada na recolha e tratamento de resíduos petrolíferos e não só, venceu um concurso público promovido pela instinta empresa ANGOFLEX, para recolha, selecção e o tratamento do material perigoso e não perigoso concentrados nos estaleiros daquela empresa, na data dos factos”.

Aos meios de comunicação social, um responsável da empresa chinesa Zhongan-Hengtai afirma ter pago por todo material envolvido, o que a Akwaba Group desconhece.

A nossa equipa tenta o contacto com os responsáveis da empresa Zhongan-Hengtai para esclarecimento em próximos desenvolvimento deste tema.


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