Mais de 104 profissionais de saúde participam no curso de Capacitação em Reanimação Neonatal e Transporte do Recém-Nascido de Alto Risco decorre em Benguela

Desde segunda-feira, 22 de Setembro, decorre no Campus Universitário da Catumbela, província de Benguela, o Curso de Capacitação em Reanimação Neonatal e Transporte do Recém-Nascido de Alto Risco, uma iniciativa promovida no âmbito da Cooperação Técnica entre os Governos de Angola e do Brasil.
REDAÇÃO-FD
A formação é realizada pela Unidade de Implementação do Projecto de Formação dos Recursos Humanos em Saúde (PFRHS – UIP), através do Ministério da Saúde de Angola (MINSA), que assegura todo o apoio institucional, logístico e de articulação local, em estreita colaboração com a Sociedade Angolana de Pediatria (SAP).
Conta ainda com a parceria da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o apoio técnico da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), do Ministério da Saúde do Brasil, e o apoio institucional da Agência Brasileira de Cooperação (ABC/MRE).
Embora esta capacitação já tenha sido realizada noutros contextos internacionais, esta é a primeira edição implementada em território angolano, representando um marco importante para a consolidação das estratégias de capacitação técnica nacional e para a melhoria da assistência neonatal no país.
A formação reúne 104 profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros e técnicos especializados, oriundos de diversas unidades hospitalares da província de Benguela e de outras regiões do país. Ao longo de três dias de formação intensiva, os participantes têm acesso a conteúdos actualizados e simulações práticas em áreas críticas como a reanimação neonatal e o transporte de recém-nascidos de alto risco.

A abertura oficial da formação contou com a presença de um representante do Gabinete Provincial da Saúde de Benguela, reforçando a articulação e o envolvimento das autoridades locais.
Ao longo das sessões, os formandos partilharam experiências e abordaram os desafios mais comuns no contexto da neonatologia em Angola. As reflexões centraram-se na adaptação das melhores práticas internacionais às especificidades do sistema de saúde angolano, tendo em conta as realidades culturais, sociais e económicas.
Esta acção formativa representa não apenas uma oportunidade de actualização científica e técnica, mas também reforça o papel da Sociedade Angolana de Pediatria como agente activo na promoção de políticas e práticas de excelência na saúde infantil.