Ministra da Saúde participa na 2.ª Reunião Conjunta de Ministros da Saúde de África e da Região das Caraíbas à margem da 2.ª Cimeira África-CARICOM

À margem da 2.ª Cimeira África-CARICOM, a Ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, participou hoje, 6 de Setembro na 2.ª Reunião Conjunta dos Ministros da Saúde de África e da Região das Caraíbas, realizada em Adis Abeba, capital da Etiópia.
O encontro, organizado pelo Ministério da Saúde da República Democrática Federal da Etiópia, em colaboração com a CARICOM e a Comissão da União Africana, reuniu Ministros da Saúde dos Estados Membros da União Africana e da Região das Caraíbas.
A sessão de abertura foi presidida pelo Vice-Primeiro-Ministro da Etiópia, Temesgen Tiruneh, que sublinhou a urgência de acelerar o progresso rumo à Cobertura Universal de Saúde, como pilar fundamental para salvar vidas e garantir o bem-estar sustentável dos povos africanos e caribenhos.
Durante a reunião, os participantes reflectiram sobre os desafios comuns e exploraram estratégias conjuntas para o fortalecimento dos sistemas de saúde, com enfoque nas seguintes áreas cruciais:
Cobertura Universal de Saúde;
Cuidados de Saúde Primários;
Financiamento Sustentável;
Reforço da Força de Trabalho;
Resiliência Climática;
Transformação Digital e Inteligência Artificial.
Na mesa-redonda subordinada ao tema “Recuperar o progresso rumo à Cobertura Universal de Saúde e acelerar o ODS 3”, a Ministra Sílvia Lutucuta reiterou o papel determinante da liderança do Presidente da República de Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço, na transformação profunda do sector da saúde em Angola:
“Sua Excelência Presidente João Lourenço tem dado uma atenção especial ao sector social, em particular à saúde, sendo esta determinante para acelerar os avanços rumo ao ODS 3, Saúde e Bem-Estar”, afirmou.
A Ministra destacou que a Cobertura Universal da Saúde é um compromisso de Estado, consagrado na Estratégia de Longo Prazo “Angola 2050” e no Plano Nacional de Desenvolvimento 2023–2027, alinhado às Agendas da ONU 2030 e da União Africana 2063.
OS AVANÇOS MENCIONADOS PELA MINISTRA
Expansão da Rede de Infra- estruturas de Saúde: Angola passou de 2.612 unidades sanitárias em 2017 para 3.355 até ao 1.º semestre de 2025, com mais de 50% voltadas para os cuidados primários, como resultado do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios.
Reforço da Força de Trabalho em Saúde: Foram integrados 46.705 novos profissionais entre 2017 e 2024, incluindo 3.833 médicos e mais de 27 mil enfermeiros. Até 2028, está prevista a formação de 38 mil profissionais adicionais, com prioridade para medicina geral, familiar e áreas diagnósticas e terapêuticas.
“Colocar as pessoas no centro da nossa actuação é uma das marcas desta governação. A formação e especialização dos nossos quadros é crucial para garantir serviços de saúde de qualidade e com equidade”, sublinhou.
A descentralização de recursos para os municípios, acompanhada de subsídios de isolamento e instalação aos profissionais em zonas remotas, promove uma responsabilidade partilhada entre o Governo central e local.
Saúde Comunitária e Inclusiva: Com destaque para os ADECOS – Agentes de Desenvolvimento Comunitário e Sanitário, que prestam serviços nas comunidades mais distantes.
Angola investe na telemedicina, teleducação, cirurgia robótica e plataformas digitais de logística e registo de dados para ultrapassar barreiras geográficas.
A produção nacional de medicamentos essenciais e vacinas é uma prioridade estratégica, apoiada por políticas de incentivo à indústria nacional e mecanismos de compras agrupadas financiadas pelo Orçamento Geral do Estado.
Financiamento Sustentável: Angola adopta soluções inovadoras, como a afectação de receitas provenientes de álcool, tabaco e bebidas açucaradas, e estuda a introdução de seguros comunitários e parcerias público-privadas.
Com base no último inquérito nacional, Angola registou progressos significativos nos principais indicadores de saúde:
Redução da mortalidade materna para 170/100.000 nados vivos;

Diminuição da mortalidade neonatal para 16/1.000;
Queda da mortalidade infantil para 32/1.000 nados vivos.
“Estes progressos são a prova de que as políticas implementadas pelo Executivo angolano estão a produzir resultados concretos na vida das populações. A liderança do Presidente João Lourenço tem sido visionária e determinada neste sector vital”, reforçou a Ministra.