PLATAFORMAS ECUMÉNICAS RECEBIDAS EM AUDIÊNCIA NA ASSEMBLEIA NACIONAL

Os responsáveis da Aliança Evangélica de Angola (AEA), do Fórum Cristão Angolano (FCA) e do Conselho de Igrejas Cristãs em Angola (CICA) foram hoje, 04, recebidos em audiência pelo 1.º Vice-Presidente da Assembleia Nacional, Américo Kuononoca, com o objectivo de se inteirarem da veracidade de rumores que dão conta do alegado encerramento de igrejas no país.
A audiência foi solicitada pelas plataformas ecuménicas na sequência de algumas informações que sugerem a aplicação de medidas legais que levarão ao encerramento massivo de templos no país. Os representantes das confissões religiosas procuraram obter esclarecimentos institucionais quanto ao enquadramento legal vigente.
“Ouvimos directamente da Casa das Leis que ainda não há nenhuma lei nova aprovada. A anterior ainda está em vigor e é essa que regula actualmente a matéria da religião em Angola”, afirmou o reverendo Luís Nguimbi. Acrescentou, de igual modo, que saíram da audiência mais esclarecidos e certos da mensagem que devem transmitir às comunidades.
O também líder do FCA considerou a iniciativa uma demonstração de responsabilidade proactiva por parte das igrejas. “Como começam a surgir rumores, e há vídeos que mostram alegações de encerramento de igrejas, entendemos que o autocuidado é pouco. Viemos à fonte para fazer o ponto da situação”, disse.
Preservação da imagem da igreja
Por outro lado, em nome das demais plataformas, Luís Nguimbi manifestou a preocupação com o comportamento de algumas denominações religiosas, que, segundo afirmou, comprometem a imagem das igrejas legalmente reconhecidas “Cabe ao Governo, com base na lei, disciplinar quem infringe. Crime é crime, mesmo cometido por religiosos, e deve ser punido à luz da lei”, foi basicamente nesses termos que o líder defendeu a impunidade dos que cometem atrocidades em nome da fé.
Integraram igualmente a delegação de líderes religiosos o reverendo Alexandre Saúl, em representação da Aliança Evangélica de Angola (AEA), e o reverendo Vladimir Agostinho, do Conselho de Igrejas Cristãs em Angola (CICA).