Daniel Alcino Sassianga responde Nuno Álvaro Dala

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OPINIÃO

DANIEL ALCINO SASSIANGA/Activista e político


Li atentamente a reflexão do irmão Nuno Álvaro Dala, um homem que reconheço como inteligente e com um contributo importante no debate político e académico do nosso país. No entanto, não posso concordar com a ideia de que os novos partidos políticos surgem apenas para fazer oposição à UNITA ou para servir de satélites do MPLA.

Em primeiro lugar, Angola é um Estado democrático de direito, com uma Constituição e leis que garantem a liberdade de expressão e de associação política. Nenhuma força política nasce para “fazer oposição à oposição”, mas sim para representar ideias, princípios e visões diferentes sobre o futuro do país.

A criação de novos partidos deve ser vista como sinal de vitalidade democrática e não como suspeita de manipulação. Reduzir o pluralismo político à lógica de dois blocos — “MPLA contra UNITA” — é, a meu ver, negar a própria essência da democracia, que é permitir a livre participação de todos os cidadãos na construção do bem comum.

Por isso, reafirmo que nenhum cidadão, grupo ou partido deve ser deslegitimado por exercer o seu direito constitucional de se organizar politicamente. Angola precisa de mais debate, mais ideias e mais opções políticas, e não de mais divisões ou desconfianças entre aqueles que dizem lutar pela mudança.

Daniel Alcino Sassianga

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