TRAÇADO PLANO SOBRE ELEIÇÕES DE 2027: Mara Quiosa será candidata do MPLA e ACJ manda o povo a rua e sai como herói ao meio de redução de deputados da UNITA

As eleições de 2027 poderá ter ritmo e surpresas iguais às primeiras eleições gerais que aconteceram em 1992, que contou com 10 partidos políticos e uma candidatura independente de Daniel Chipenda que conseguiu, na altura, 20.845 votos.
POR ISIDRO KANGANDJO
Nas eleições que se avizinham, o MPLA pretende dar o seu máximo no sentido de apresentar uma mulher como candidata para que as outras mulheres tenham simpatia e solidariedade numa altura em que poucos querem saber do partido que dirige o país desde a proclamação da independência Nacional em 11 de Novembro de 1975.
O Presidente do MPLA, João Manuel Gonçalves Lourenço poderá apresentar, em breve, Mara Regina da Silva Baptista Domingos Quiosa, actual Vice-presidente do MPLA, com a finalidade de o substituí-lo ao cargo que assume desde as eleições de 2017.
A jovem mulher, é uma figura que será dominada por elenco cessante, ou seja, o objetivo do actual sistema é colocar alguém que poderá ser fácil para acomodar e cumprir as orientações de um governo sombra fora do palácio, uma vez que, João Lourenço nega concorrer pela terceira vez, como também actual lei angolana não permite um candidato concorrer vezes.
O círculo fechado do MPLA, composto por membros do Bureau Político, elementos do Serviço de Inteligência e Segurança do Estado (SINSE) e das Forças Armadas Angolanas (FAA), apresentaram em Novembro do ano passado e também em Janeiro do ano em curso, um grupo de jovens que poderiam assumir o poder.
Adão de Almeida que exerce a função de Secretário de Estado da Casa Civil do Presidente da República, Mara Quiosa, antiga Governadora e Vice-presidente do MPLA, Manuel Gomes da Conceição Homem, Ministro do Interior, Luísa Damião, jornalista de profissão e antiga Vice-presidente do MPLA e mais dois que a fonte negou revelar, foram entre as preferências, porém a unanimidade recaiu para actual Vice-presidente do MPLA para que as eleições de 2027 tenham novidades de pela primeira vez a maior força política em Angola ter a potencial candidata e ficar na história do país como a terceira mulher a participar nas eleições gerais depois de Anália Maria Caldeira de Vitória Pereira Simeão, fundadora e Presidente do Partido Liberal Democrático de Angola (PLD) e de Florbela Catarina Bela Malaquias, Presidente do Partido Humanista de Angola.
Mara Quiosa terá entendido o recado do seu líder e, de forma simpática vai caminhando pelos mercados e bairros conquistando os corações das mulheres que, no nosso país são a maioria trazendo alegria e esperança de que o MPLA não está cansado e está disposto para apostar nas outras promessas que não conseguiu de concretizar ao longo dos 23 anos de paz, unidade e reconciliação nacional.
“Não há dúvidas que estamos diante de forte candidata, mas o erro dela é fazer parte de uma máquina que nada fez para o bem-estar do povo angolano. Por esta razão, o MPLA precisará recorrer, mais uma vez, em fraude eleitoral”, contou a nossa fonte.
ESTRATÉGIAS NA CRIAÇÃO DE NOVOS PARTIDOS POLÍTICOS
O Tribunal Constitucional, através do Departamento dos Partidos Políticos, o país controla, actualmente, 14 partidos entre estes o MPLA, UNITA, Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), Partido de Renovação Social (PRS), Partido Democrático para o Progresso de Aliança Nacional de Angola(PDP-ANA, Partido de Aliança para Democracia e Desenvolvimento de Angola – Aliança Patriótica(PADDA-AP), Partido de Aliança Livre de Maioria Angolana(PALMA Nova Angola), Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA), Partido Pacífico Angolano(PPA), Bloco Democrático(BD), Partido Humanista Angolano(PHA), Partido Iniciativa de Cidadania para o Desenvolvimento de Angola(CIDADANIA), PRA-JÁ SERVIR ANGOLA e o Partido Liberal(PL). Mas, segundo fontes, Angola pode contar com 17 partidos políticos, faltando agora mais 3 forças políticas.
A estratégia do governo é dispersar os votos para que a UNITA tenha o número de deputados mais baixo possível e atribuir para os partidos novos e fortes parte de deputados, o que poderá gerar um clima de caus social.
PREVISÃO DE RESPOSTA DA UNITA
Um analista e activista prevê que em torno deste escândalo de menos deputados pelo Grupo Parlamentar da UNITA (GPU) Adalberto Costa Júnior poderá tudo fazer no sentido de sair como herói a esta derrota colocando o povo na rua.
As manifestações em Angola por ter uma característica de violência, o país poderá ter um número considerável de mortos e vários feridos em defesa do poder do MPLA que poderá, de forma propositada, reduzir, também, o número dos seus deputados.
“A UNITA através do seu Candidato poderá dizer que foi este banho de sangue que o partido evitou em 2022 e culpará o MPLA e o governo cessante pelo assassinato dos manifestantes. Pelo menos assim, apesar da UNITA não gozar de boa saúde por causa de divergências internas, ACJ sairá como herói nestas eleições e justificará o seu insucesso com a fraude”, confidenciou a fonte.
Informar com rigor, este é o Lema do factos Diário.