UMA HISTÓRIA REPETIDAS DEMASIADAS VEZES: A UNITA E A CNE

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Tito Cambanje
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OPINIÃO

Tito Cambanje/ Advogado & Docente Universitário


  1. Em 1992, numa altura em que as eleições legislativas eram separadas da eleição presidencial, a Unita decidiu, por força da violência, constestar os resultados.
  2. Em 2008, 6 anos após o fim do conlito armado a Unita, tendo perdido estrondosamente, decidiu contestar de novo os resultados eleitorais.
  3. Para ser coerente com o discurso incoerente, e sem fundamentar, de maneira que todos compreeendessem as razões, a Unita voltou a contestar as eleições de 2012, 2017 e 2022.
  4. Tudo seria normal “no Reino da Dinamarca” desde que a UNITA, perdida no “aparente e viciante” jogo da narrativa da desonestidade eleitoral, não se denunciasse a si própria.
  5. Na verdade, o metódo da Unita é sobejamente conhecido: descredibilizar o procedimento para, em momento posterior, descredibilizar o resultado que não lhe convém.
  6. A partir daí contesta tudo: contesta o metodo de voto, constesta a quem legalmente é legado o trabalho de controlar o processo, contesta os eleitores – afirmando que não são o número que se esperava – e, sem surpresa, que contesta o resultado final.
  7. Não é por isso, sem surpresa, que se assiste a mais uma tentativa de construção de narrativa: tendo-se passado dois anos ou quase três desde a investidura enquanto deputados, sem que os eleitores tivessem visto uma iniciativa que se preze dos seus deputados, a UNITA procura agora, através de metódos antigos e desonestos, exibir os resultados da sua própria incapaciade.
  8. Ao iniciar mais um processo de descredibilização institucional do Estado e dos seus agentes a UNITA demonstra que a única arma que lhe resta é a inquietação social.
  9. Porém, estando o povo e as instituições vigilantes, a estratégia de manipulação da percecpção pública da UNITA não passará: o processo é legalmente devido, quem dirige a CNE é legitimamente escolhido e quem vota e acompanha, de dentro ou fora do país, pode estar descansado que existem instituições legítimas para garantia do direito fundamental ao voto e ao seu resultado.
  10. Até lá, resta ver as instituições cumprirem o seu papel e a UNITA esperar que observe o processo democrático que nos deve desde 1992. Processo que a cada processo que passe torna – se mais fiável, dando lugar a segurança e certeza jurídica. Tudo isto com o móbil de tornar o processo mais justo, alicerçado na lisura e transparente. Tal como dizia Platão “ Todo o caminho é bom quando não se sabe aonde se quer ir “. Certamente que a Unita não sabe aonde quer ir .

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