Vamed terá facturado mais de 200 milhões de Euros. Ministério da Sílvia Lutukuta e o Palácio Presidencial são citados no orçamento de burla
O presidente do Partido Liberal citou, recentemente, nomes de ministérios envolvidos em suposta drenagem de dinheiro público para beneficiar empresas e pessoas singulares, usando o nome do Executivo para alegadamente facilitar os desvios.
REDACÇÃO DO FACTOS DIÁRIOS
Segundo Luís de Castro, trata-se de ministérios como, por exemplo, o Saúde; Energia e Águas; Transportes; Finanças, Recursos Minerais, Petróleo e Gás, e entre outros departamentos que supostamente têm servido para a drenagem de dinheiro público com o envolvimento de determinadas empresas.
Luís de Castro revelou nomes de empresas como a Vamed, a Metrel, a Maciber, parte da ACS Grupo Espanha, a ESGCS UK, Arábia General Contracting Filial, no Reino Unido, Grupo EGEM, TGDI e TDGI, estas que supostamente são as únicas encarregadas pela construção de obras afectas ao Ministério da Saúde.
Para o caso da Vamed, Luís de Castro afirmou ser a responsável pela gestão de equipamento, financiamento e operação de infraestruturas, incluindo empresas internacionais que apoiam a construção de unidades de saúde. Ainda de acordo com o político, muitas destas obras são realizadas em consórcios ou subcontratos locais. “Além das obras físicas, há setores também focados em gestão de produtos”, avançou.
“A Vamed, para além de estar na construção de hospitais e ter muitos hospitais, muitos dos quais ainda nem sequer começou a construir, como é o caso, por exemplo, de projetos no município do Bailundo, província do Huambo. A Vamed tem também outro projeto no Luena, Moxico, e em Cabinda. Projetos esses que fazem parte de um financiamento global de 225 milhões de euros”, revelou.
A Vamed tem também um outro projeto no Luena, tem um outro projeto em Cabinda. Projetos esses que fazem parte de um financiamento global de 225 milhões de euros. Portanto, estamos a falar de 225 milhões de euros. Entretanto, a Vamed não executou essas obras.
Em Luanda, por exemplo, Viana e Cacuaco detêm contratos onde a Vamed é dona da obra, mas a empresa portuguesa DST é o empreiteiro principal. Essa empresa, a Vamed, é ainda detentora de projetos presidenciais, portanto, projetos que lhe foram atribuídos pela presidência da República, como hospitais gerais com orçamento total de 271,8 milhões de euros para o Bailundo, o Ambo, Bucuzal, Cabinda, o Dundo, Lunda Norte.